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Thelma DeMett

Entrevistas > Internacionais
Thelma Lewis DeMett
Thelma, fale um pouco de você.
Eu venho fazendo miniaturas há 20 anos. Minha especialidade é em roupas. Eu faço roupas na escala 1:12, estilo contemporâneo. E tenho o título de Fellow pelo IGMA.

E o que você fazia antes disso?
Antes disso eu estava envolvida na área da educação, trabalhava como assistente de direção em uma escola particular, e fazia muito trabalho voluntário nas escolas públicas de Chicago.

Como você descobriu que tinha talento para vestir dolls?
Eu comecei a costurar quando estava na escola, quando fazia aulas de Economia Doméstica no ensino fundamental e médio. Aprendi a costurar para aperfeiçoar minha habilidade como estilista e coisas assim. Quando decidi mexer com dollhouses com minha filha, que tinha 10 anos na época, nós iríamos montar uma casa de bonecas juntas. Mas quando eu comecei, eu não gostava muito da parte da construção em si, de trabalhar com madeira, pintar paredes. Eu conheço bem os tecidos, então eu pensei: "e se eu tentasse fazer algo, alguma roupa nessa escala?".  Aí eu tentei fazer um pequeno vestido e até que ficou ok! Tentei fazer algumas lingeries e até que elas ficaram legais. Eu então levei as peças que tinha feito a uma loja de miniaturas e perguntei o que eles achavam. Eles disseram que eu tinha feito um bom trabalho e pediram para ficar com as peças em consignação. Depois eu decidi tentar a minha primeira feira. E foi o que fiz. E aqui estamos!

Você sente falta de trabalhar com as dolls?
Às vezes. Mas depois de 20 anos trabalhando nisso, eu precisava de uma mudança. Porque quando você trabalha em miniaturas como eu fazia, como trabalho mesmo – e eu trabalhava nisso todos os dias, toda hora – depois de um tempo você fica meio desgastada. E às vezes dá até um bloqueio criativo, quando tenta bolar alguns conceitos novos.

A maioria das pessoas parece gostar de retratar outras épocas nas miniaturas. Isso representava algum problema no início?
Como meu trabalho era no estilo contemporâneo, foi um processo de "educar" o cliente, já que eles costumavam estar mais interessados – quando eu comecei – na era Vitoriana.  Então levou algum tempo para eles enxergarem o meu trabalho e entenderem como poderiam usá-lo. Agora tem mais gente interessada em miniaturas contemporâneas.
Na verdade, ouvi dizer esta semana mesmo, que uma empresa estará lançando dollhouses e roomboxes bem modernas e contemporâneas, e isso vai ser ótimo para quem gosta de miniaturas modernas.

Tem alguma doll ou ambiente que você ainda sonha em tornar realidade?
Bem… o que eu queria mesmo era ter mais tempo! (risos…) Eu gostaria de fazer alguns ambientes bem criativos. Eu tive uma ideia para fazer algo com dolls de cupidos, eu gosto de cupidos. Venho colecionando eles em miniatura há alguns anos, e adoraria fazer algo em homenagem a quem cria esses cupidos, mas simplesmente não tenho tempo de sentar e trabalhar neste projeto.
E também tenho outro projeto especial, para o qual venho colecionando ao longo dos anos: eu adoro pássaros, adoro pássaros selvagens. Mas também gosto de pássaros que são animais de estimação. Então eu pensei que talvez possa fazer uma petshop algum dia, mas uma que só venda pássaros.

E quando você decidiu criar sua própria feira?
Eu frequentei feiras como expositora/vendedora por 20 anos. E venho promovendo esta feira (o IMA) e expondo nela ao mesmo tempo, já faz 12 anos. Mas nos últimos 4 anos eu desisti de atuar como expositora porque tenho tanto trabalho a fazer, tantos detalhes para cuidar!

Com quanta antecedência  você tem que planejar cada feira?
Normalmente ela exige um ano inteiro de planejamento. Tenho que cuidar de detalhes de hotel, de postar detalhes dos expositores no site, fazer a publicidade, os crachás de identificação, os programas para os clientes, e com isso vira um projeto contínuo que leva o ano todo até o dia da feira. Nos últimos 10 anos temos oferecido transporte, nós fornecemos os ônibus gratuitos, e isso também é parte do planejamento: escala de horário, fazer os contratos com a empresa de ônibus que realiza o serviço, coordenar com as outras feiras.

Você realiza esta feira em outras cidades também?  
Por enquanto esta é a única feira que temos. Planejamos começar uma nova feira em maio de 2011, em Nova Orleans.

Quantos expositores normalmente participam da feira?
Uma media de 50 expositores ou pouco mais, mas tentamos manter o número em pelo menos 50.

Notei que sua família ajuda bastante na feira… Eles curtem tudo isso também?
Não tenho certeza se eles curtem… mas estão dispostos a ajudar! Somos uma família bem pequena, cada um de nós três é filho único. Então trabalhamos juntos porque somos só nós três. Meu marido sempre me dá seu apoio, em qualquer projeto que eu me envolvo. E minha filha, talvez com um pouco mais de hesitação, mas ela geralmente se apresenta, por mim, e faz o que pode. Então, trabalhamos bem juntos.

Eu assisti ao programa especial de vídeo que a Ashdown fez do show e de vocês, e ela me pareceu sentir muito orgulho de você!
É sim, ela tem mesmo. Ela me acompanhou todos esses anos, em todos os projetos em que realizei, e ela sabe que o que quer que eu faça, eu vou dar 100% de mim. E não é por egoísmo, é algo bem maior que isso. Então ela definitivamente me procura quando precisa de algum conselho. Ela está tentando construir seu próprio negócio de acordo com o que ela se interessa, e ela acredita mesmo que meus conselhos são muito válidos.

Além disso, ver vocês juntos dá à feira um ar bem família.
Sim. O que eu gosto de dizer é que isso dá à feira, para todos que a frequentam, uma sensação de conforto, eles sentem que nós nos importamos com eles. Não se trata de quantas pessoas virão à feira, mas sim que nós realmente nos importamos com eles, de que eles estarão se divertindo, que encontrarão o que precisam. Todos parecem gostar deste ambiente. É um ambiente muito positivo, não tem nada de falso, é genuíno e todo mundo sabe disso. Quando eles entram, eles querem receber um abraço, querem um ‘oi’, se sentir bem-vindo.

E isso faz toda a diferença!
Exatamente!

Atualização em 2024: A feira deixou de acontecer a partir de 2013
Criado por: Evelyne Martin
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